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Municípios da AMARP amargam prejuízo superior a R$ 12 milhões em recursos que deveriam receber do Governo do Estado

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Os 14 municípios membros da  AMARP -Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe  estão amargando um prejuízo superior R$ 12, 6 milhões em recursos que deveriam receber do Governo do Estado por meio do repasse do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, mas que não estão chegando aos municípios. O presidente da AMARP – Euzébio Viecelli explica que o valor dos impostos que chega ao FundoSocial deveria ser partilhado e 25% do ICMS, por lei,  é dos municípios. No entanto, em uma Manobra Fiscal, o governo estadual os registrou como doações driblando as prefeituras. O valor é contabilizado de janeiro de 2011 até junho deste ano e faz parte de um levantamento da Secretaria de Estado da Fazenda organizado pela FEACM.

Para Viecelli enquanto os municípios sofrem os efeitos da pior crise econômica e financeira das últimas décadas, o Governo do Estado está dando mais um empurrão nas prefeituras em direção à calamidade financeira, deixando de repassar aos municípios catarinenses a cota-parte do ICMS que lhes é de direito conforme rege a Constituição Federal. “Esses recursos auxiliariam em muito no melhor atendimento à população, uma vez que é a administração pública municipal que executa a maior parte Programas de atendimento à sociedade”, lamenta Viecelli apontando que se algum município tiver problema legal com déficit financeiro ou orçamentário, poderá usar o não recebimento desta receita como atenuante.

O não repasse de um recurso que pertence ao Município agrava ainda mais a já difícil situação enfrentada pelas administrações municipais catarinenses em um momento que elas já amargam uma queda real na arrecadação de receitas vindas das transferências constitucionais (FPM, ICMS, FUNDEB e IPVA) na ordem de R$ 367 milhões, somente no primeiro semestre de 2016.  Veja a relação completa das perdas registradas nos municípios da AMARP por conta do não repasse dos recursos do ICMS:

 Arroio Trinta  – R$ 437.535,74

Caçador  – R$ 3.462.665,66

Calmon – R$ 297.153,01

Fraiburgo – R$  1.474.442,63

Ibiam – R$ 335.465,03

Iomerê – R$ 504.180,61

Lebon Régis – R$ 399.680,29

Macieira – R$ 288.567,26

Matos Costa – R$ 228.209,95

Pinheiro Preto – R$ 456.970,45

Rio das Antas – R$  653.551,69

Salto Veloso – R$  479.206,55

Timbó Grande – R$ 404.794,39

Videira – R$ 3.249.011,90

Total  R$ 12.671.435,17

 

Silvia Palma

Assessoria de Imprensa