Com o objetivo de dar continuidade as ações sobre a organização das Redes de Atenção à Saúde na Macrorregião do Meio Oeste , representantes das regiões de saúde de Videira e Joaçaba se reuniram na última sexta-feira (12), no auditório da Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe – AMARP. O encontro foi acompanhado por prefeitos, gerentes regionais e secretários municipais de saúde, além de técnicos das secretarias municipais e representantes dos hospitais sediados nas duas regiões.
A reunião foi conduzida pela diretora executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde-CIS/AMARP e que também presta Apoio Administrativo à Comissão Intergestores Regional-CIR/Saúde – Beatriz Maria Perotto Preto e pelo prefeito de Rio das Antas- Alcir Bodanese. Aos presentes Beatriz apresentou um pré-diagnóstico que apontou que a Maroregião ainda é muito ineficiente no atendimento aos usuários da Rede Pública de Saúde. “Nossa Macrorregião se caracteriza por grande vazios de ofertas, com lacunas de assistência à saúde importantes e com financiamento público insuficiente. Por conta disso, o sistema de saúde na região ainda não consegue prever a integralidade da atenção à saúde dos pacientes que acabam tendo que percorrer estas redes para buscar a atenção, tornado-se dependentes da eficácia desta rede para ter suas necessidades atendidas”.
Aos participantes Bodanese explicou que as mudanças necessárias na região devem ser desencadeadas neste momento, já que os órgãos superiores como o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde estão abertos à proposições. “O momento de conseguir mudar o panorama de saúde na região é este, já que tanto o discurso do Ministério da Saúde quanto o da Secretaria de Estado da Saúde é o de efetivar o Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, que deixa claro a importância das Redes de Atenção á Saúde em cada região do Estado”.
De acordo com as Normativas, Decretos e Portarias do Ministério da Saúde a implantação das Redes de Atenção à Saúde vai desde a Rede de Atenção Primária que acontece nos municípios até a Rede de Urgência/Emergência (Hospitais, UPA 24 hs, Sala de Estabilização, SAMU 192); Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas; Rede de Atenção Psicossocial (CAPS, Hospital-Dia, leitos Psiquiátricos, Residências Terapêuticas, Ações de Enfrentamento ao Álcool, Crack e outras Drogas); Rede Cegonha (Atenção Obstétrica e Neonatal); Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; Rede de Serviços aos Ostomizados e a Rede Amamenta Brasil. “Este grupo de trabalho tem muito a fazer, no sentido de organização das redes prevendo a busca de recursos financeiros junto ao Ministério da Saúde. Vamos agir de forma conjunta porque para que o município busque recursos para uma sala de estabilização, por exemplo, esta deverá estar contemplada no Plano Regional”, complementou Beatriz.
Próximos passos
-Envio de correspondência ao Secretário de Estado da Saúde solicitando a vinda de técnicos do Ministério da Saúde e do Estado (Grupo de Condução das Redes) para elaboração do Plano Regional de Atenção de Redes de Atenção à Saúde. – Levantamento de dados da capacidade instalada da região e necessidades pelos grupos de trabalho das regiões de Concórdia, Joaçaba e Videira que formarão a Rede da Macroregião Meio Oeste, com a elaboração do diagnóstico da situação da saúde regional.
Silvia Palma
Assessoria de Imprensa