A Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe (Amarp) está participando de um movimento para a unificação das eleições em nível federal, estadual e municipal. Um dos objetivos é que os pleitos sejam realizados a cada cinco ou seis anos e elejam o presidente, governador e os prefeitos, dentre outros cargos. O tema foi explanado na reunião da entidade realizada na última sexta-feira, em Arroio Trinta.
O presidente da Amarp, Alcir Bodanese, prefeito de Rio das Antas, destaca que o movimento é encabeçado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pela Federação Catarinense dos Municípios (Fecam). "Estamos dando nosso apoio para que os deputados e senadores alterem o calendário eleitoral para que as eleições do Executivo e Legislativo sejam todas realizadas ao mesmo tempo".
Bodanese acentua que, desta forma, os prefeitos terão melhores condições de administrar seus municípios e a população terá tranqüilidade no pleito eleitoral. "Teremos eleições a cada cinco ou seis anos e não mais a cada dois. Isso vai gerar economia para o País, visto que o gasto em cada eleição é alto. Nas últimas eleições foram cinco votos e podemos muito bem colocar mais dois nas próximas".
Na reunião, os prefeitos, presidentes de Câmara e outros participantes foi debatido sobre os ofícios encaminhados ao governo do Estado solicitando melhorias na malha rodoviária regional e o recomeço de pavimentações. "As estradas são fundamentais para o desenvolvimento regional em todos os setores".
O Consórcio Cinco também foi debatido no evento, que pretende buscar cerca de R$ 19 milhões para serem aplicados numa patrulha mecanizada que irá atuar nos 14 municípios de abrangência da entidade. "Os municípios da Amarp são essencialmente agrícolas e precisamos de máquinas para facilitar os trabalhos".
Bodanese destacou a importância de buscar ações integradas para que cada prioridade dos municípios seja atendida. "Estamos trabalhando para obter recursos financeiros estaduais e federais para os municípios, visto que cada um tem sua prioridade, mas juntos, tem maiores chances de resolução dos seus problemas".
O presidente frisou também que o trabalho frente a Amarp é um desafio, mas que os demais 14 prefeitos estão auxiliando. "Não se faz nada sozinho e todos os prefeitos apóiam os trabalhos da diretoria e dos técnicos. Sem isso, não seria possível a captação de recursos de toda a natureza para os municípios".